Ingestão exagerada de açúcar e as consequências para a saúde da criança

por DRA. LÍGIA KLEIM . 09/10/2018

Sobre o açúcar


Ao contrário do que muitos pensam, o açúcar não é um aditivo natural na alimentação. Ele é um produto químico fabricado a partir do refinamento do caldo da cana-de-açúcar, e não contém nutrientes, apenas muitas calorias. Se ingerido de maneira compulsória, pode trazer diversos malefícios como apontam muitas pesquisas científicas.

 

Quando em reação com as proteínas, o açúcar gera as moléculas chamadas AGEs, que são perigosas porque podem alterar a estrutura molecular destes compostos orgânicos, causando diversas doenças degenerativas e outras complicações no funcionamento do corpo.

 

Como estão em um momento de formação, as crianças devem evitar ao máximo o consumo do açúcar. Refrigerantes, balas, chocolates e demais doces podem ser consumidos desde que de maneira moderada. O alto consumo desses alimentos pode levar, entre outras consequências, à hiperatividade, baixa concentração, ansiedade e irritabilidade.

 

Obesidade

Segundo o Portal da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos são obesas, e grande parte deste problema é proveniente do consumo desenfreado do açúcar.

 

Caso seja ingerido em excesso, o açúcar pode sofrer uma reação bioquímica que o transformará em gordura. Esse fato aliado ao estilo de vida sedentário das crianças, faz com que elas se tornem obesas, deixando o corpo propenso a várias outras doenças.

 

Diabetes

Todas as vezes em que se consome açúcar, há um aumento da glicemia. Em correspondência a esta ingestão, o corpo libera insulina, que é o hormônio responsável por colocar a glicose na célula. Caso se consuma muito açúcar, o pâncreas, que é o produtor da insulina, pode ficar sobrecarregado, o que o leva à insuficiência, resistência ou ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.

 

Câncer

A predisposição à diabetes e obesidade é fator de risco para o câncer. E como você já viu neste post, essas doenças podem ser causadas pelo alto consumo de açúcar: mais um motivo para que você seja firme com os seus filhos, prestando muita atenção ao consumo que eles fazem do açúcar. Lembre-se, ainda, de conscientizá-los sobre os problemas que esse consumo exagerado pode gerar.

 

Cáries

Além da higiene bucal, outro fator está relacionado ao surgimento de cáries: a alimentação. E os alimentos com maior teor de açúcar em sua composição são os que mais contribuem para o aparecimento das tão temidas cáries. Balas, doces, chocolates, entre outros, são verdadeiros vilões quando o assunto é saúde bucal.

 

A cárie surge quando as bactérias que estão nos dentes usam os açúcares simples para se alimentar. Quando comemos algum alimento doce, a bactéria leva cerca de 20 segundos para transformar o açúcar em ácido, que dura por 30 minutos e corrói o esmalte dos dentes. Portanto, limite o consumo de açúcar dos seus filhos e sempre oriente-os a escovar bem os dentes após a ingestão de alimentos que contenham açúcar.

 

Açúcar ideal para consumo

No dia a dia, sempre que possível, substitua o açúcar branco pelos adoçantes naturais em pequenas proporções, como o mel e o melado de cana. Frutas frescas e secas, cereais integrais, leites e castanhas também contêm níveis de açúcar saudáveis ao organismo. Outra opção é a do açúcar mascavo, que é aquele mais escuro, justamente porque ainda não perdeu o melaço da cana com seus nutrientes.

 

E então, você conhece alguém que já passou por problemas de saúde em decorrência do uso abusivo do açúcar? Já busca evitar que seus filhos consumam esse alimento além da conta? Conte pra nós através dos comentários!

Qual a freqüência ideal para levar seu filho ao pediatra

por DRA. LÍGIA KLEIM . 09/10/2018

A pediatria é um dos ramos mais bonitos da medicina, mas também é considerado um dos mais difíceis. O acompanhamento adequado e com qualidade é indispensável para o crescimento sadio das crianças. Porém, muitos pais não sabem exatamente qual a frequência ideal com que devem levar os filhos ao pediatra. Se você também já teve (ou ainda tem!) essa dúvida, continue lendo o nosso artigo e entenda porque é importante escolher um médico de confiança e com que frequência ele deverá ser visitado!

Pediatra ou serviço de emergência?

Uma nova tendência vem ocorrendo em alguns locais, que é a de levar as crianças aos atendimentos de emergência ao invés do pediatra. Mas essa troca pode trazer diversos riscos. Além de diagnosticar e tratar males que afligem os pequenos, como asma, bronquites, lesões típicas, entre outros, o acompanhamento constante feito com um pediatra permite um melhor conhecimento do histórico médico e a detecção precoce de problemas. Se por desconhecimento ou falta de tempo você só leva seu filho ao pediatra quando ele fica doente ou apenas corre para o serviço de emergência, repense sua atitude.

Qual a importância do acompanhamento?

O fato de ir com frequência determinada ao pediatra influencia em diversos aspectos a vida da criança. Constrói-se uma relação de confiança e cumplicidade, além do conhecimento das características únicas de cada paciente, o que facilita diagnósticos. A boa relação também permite que sejam dadas instruções nos mais diversos níveis, como na alimentação, nos hábitos do dia a dia, na higiene, entre outros. É esse especialista, também, que vai fazer o acompanhamento do ganho de peso, da altura, fazer os testes necessários desde o nascimento, bem como estabelecer e fiscalizar o calendário de vacinação.

Qual a frequência ideal?

O número de visitas vai variar de acordo com o estado da criança. É claro que, se houver problemas de saúde, alterações significativas de peso, desenvolvimento cognitivo, altura ou outro fator relevante, os intervalos entre as consultas poderão ser reduzidos. Mas em linhas gerais, há uma recomendação que indica uma consulta aos 5 dias de vida, outra aos 15 dias e outra aos 30 dias. Entre os 2 e 6 meses, uma consulta mensal é suficiente. Dos 6 aos 12 meses, a consulta pode ser mensal ou bimestral, dependendo da conduta do pediatra e da necessidade da criança e da família. E com o passar do tempo, o espaço vai aumentando: de 1 a 2 anos, recomenda-se uma consulta trimestralmente, dos 2 aos 6, uma semestralmente e dos 6 aos 18 anos uma vez por ano (sim, deve-se visitar o pediatra até o final da adolescência!).

Pode parecer muito, mas são essas visitas que vão garantir que os seus filhos se desenvolvam plenamente. Se você anda sem tempo ou dinheiro, o ideal é que você se organize para conseguir seguir esse cronograma da forma mais próxima do indicado. Como você pode observar, o pediatra será uma profissional que vai conviver com o seu filho (e você, é claro) desde o nascimento até o final da adolescência.

Com essas visitas, o desenvolvimento dos seus pequenos será muito mais tranquilo e saudável. Se as suas crianças ainda não têm um pediatra, procure por um profissional de qualidade e confiança hoje mesmo! Você ainda tem alguma dúvida sobre a frequência com que devem acontecer as visitas ao médico infantil? Escreva pra nós utilizando o espaço dos comentários!

Medidas caseiras para seu filho dormir melhor

por DRA. LÍGIA KLEIM . 09/10/2018

A hora de dormir pode ser uma tormenta para mães e pais de crianças, especialmente aquelas abaixo dos cinco anos. Muitas destas crianças apresentam dificuldade de dormir no próprio quarto, ou costumam se levantar bastante durante a noite, descansando pouco para o dia seguinte. Se você está lendo este texto é porque é uma das pessoas que sofre com a hora de colocar seu filho para dormir, não é mesmo? Por este motivo vamos lhe passar algumas dicas simples e caseiras para ajudar a fazer seu filho dormir melhor. Venha conferir!

Crianças podem ter dificuldades naturais para dormir

Não é uma surpresa para ninguém que as crianças possam apresentar dificuldades para dormir, especialmente se elas são muito pequenas e estão sozinhas no quarto. Esta situação é bastante relacionada com a sensação de falta de segurança os pequenos sentem ao ficarem sozinhos. E esse sentimento é natural, já que eles têm os pais como referência de ambiente e situação seguros.

A tendência é que, com o passar do tempo, a criança vá se adaptando ao espaço do seu quarto, ou seu berço, e entendendo que é capaz de descansar sozinho sem se preocupar com outras coisas. Se esta situação não melhorar, especialmente após alcançar a faixa etária de cinco anos, é interessante procurar a ajuda de um psicólogo ou um pediatra para avaliar outros possíveis problemas.

É importante obedecer rotinas em casa e na escolinha

Uma maneira de ensinar seu filho a dormir no horário certo e sentir sono durante toda a noite é fazer com que o organismo obedeça a certas rotinas diarias: tente acordar seu filho no mesmo horário, fazer sonecas no meio da tarde com as mesmas durações e também colocá-lo na cama, mesmo que ainda esteja acordado, no mesmo horário. Estas regras se aplicam a qualquer dia da semana e a qualquer ambiente, especialmente na escolinha que devem respeitar o tempo de soneca de seu filho pequeno. As rotinas ajudam a criança a entender que existem horários certos para acordar e dormir, e isso vai ajudá-lo a relacionar o período da noite como horário de descanso.

Lugar para dormir é no berço ou na cama, nunca no colo de alguém

Alguns pais têm um costume natural de fazer com que seus filhos adormeçam no colo para depois levá-los até a cama ou berço. Esta situação é normal quando o bebê ainda é muito pequeno, mas é importante que os pais comecem a acostumá-lo a ir para a cama, ou berço, mesmo antes de adormecer, para que ele aprenda a pegar no sono no seu ambiente de descanso. Assim, sempre que seu filho estiver no quarto, deitado no berço ou na cama, ele vai assimilar esta situação com a necessidade de dormir, relaxando com mais facilidade e descansando melhor.

Mamadeiras para dar sono podem prejudicar

A pior alternativa para que você consiga fazer com que seu filho durma é oferecer uma mamadeira de leite quente antes de dormir. Esta situação é errada por dois motivos: o primeiro porque a criança vai estabelecer uma relação entre tomar mamadeira e a hora de dormir, criando a necessidade de sempre comer algo antes de ir para a cama, sendo que, muitas vezes, não há necessidade de ingestão de calorias naquele momento.

O segundo motivo se relaciona com o fato de a criança ir dormir com os dentes não higienizados, aumentando o risco de desenvolvimento de caries e outras lesões relacionadas com a má higienização bucal. A mamadeira não deve ser uma alternativa para acalmar e fazer sua criança dormir.

Quando acordar durante a noite a criança deve voltar para a própria cama

É comum ver sua criança acordando no meio da noite e pedindo para deitar com os pais para dormir novamente. Se esta situação ocorre ocasionalmente, não existe problema em compartilhar sua cama com seu filho que pode estar assustado, mas esta atitude não pode virar uma regra. A criança tem que entender que o local que ela deve dormir é sua própria cama, e deve aprender a lidar com suas próprias inseguranças naquele local, se desprendendo de seus pais por alguns momentos. Se ela estiver muito insegura a melhor alternativa é retornar com a criança para o quarto dela e acalmá-la até que ela adormeça, evitando levá-la para a cama dos pais.

Banhos costumam ajudar a relaxar

Se seu filho ainda apresenta muita dificuldade para pegar no sono ou dormir uma noite inteira, uma alternativa que costuma ajudar bastante é deixar o horário do banho para mais próximo da hora de dormir. O banho quente ajuda a relaxar a criança, e também os bebês, aumentando a sonolência e a capacidade de dormir mais profundamente.

Encurte as sonecas diurnas caso o sono noturno esteja prejudicado

Um motivo para uma noite maldormida, ou falta de sono na hora de se deitar, pode ser o excesso de sonecas diurnas ao longo da rotina da criança. Neste caso específico tente reduzir o tempo de cochilo do seu filho, ou até mesmo a quantidade de sonecas realizadas por dia, deixando que ele descanse de maneira mais profunda no período da noite.

Esperamos que estas dicas sejam úteis para lhe ajudar a colocar seus filhos para dormir com mais facilidade, e que também garantam noites inteiras de sono com mais frequência. Você conhece alguma outra medida para ajudar a fazer com que os pequenos durmam melhor? Compartilhe deixando sua opinião no espaço de comentários!