Ingestão exagerada de açúcar e as consequências para a saúde da criança

por DRA. LÍGIA KLEIM . 09/10/2018

Sobre o açúcar


Ao contrário do que muitos pensam, o açúcar não é um aditivo natural na alimentação. Ele é um produto químico fabricado a partir do refinamento do caldo da cana-de-açúcar, e não contém nutrientes, apenas muitas calorias. Se ingerido de maneira compulsória, pode trazer diversos malefícios como apontam muitas pesquisas científicas.

 

Quando em reação com as proteínas, o açúcar gera as moléculas chamadas AGEs, que são perigosas porque podem alterar a estrutura molecular destes compostos orgânicos, causando diversas doenças degenerativas e outras complicações no funcionamento do corpo.

 

Como estão em um momento de formação, as crianças devem evitar ao máximo o consumo do açúcar. Refrigerantes, balas, chocolates e demais doces podem ser consumidos desde que de maneira moderada. O alto consumo desses alimentos pode levar, entre outras consequências, à hiperatividade, baixa concentração, ansiedade e irritabilidade.

 

Obesidade

Segundo o Portal da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos são obesas, e grande parte deste problema é proveniente do consumo desenfreado do açúcar.

 

Caso seja ingerido em excesso, o açúcar pode sofrer uma reação bioquímica que o transformará em gordura. Esse fato aliado ao estilo de vida sedentário das crianças, faz com que elas se tornem obesas, deixando o corpo propenso a várias outras doenças.

 

Diabetes

Todas as vezes em que se consome açúcar, há um aumento da glicemia. Em correspondência a esta ingestão, o corpo libera insulina, que é o hormônio responsável por colocar a glicose na célula. Caso se consuma muito açúcar, o pâncreas, que é o produtor da insulina, pode ficar sobrecarregado, o que o leva à insuficiência, resistência ou ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.

 

Câncer

A predisposição à diabetes e obesidade é fator de risco para o câncer. E como você já viu neste post, essas doenças podem ser causadas pelo alto consumo de açúcar: mais um motivo para que você seja firme com os seus filhos, prestando muita atenção ao consumo que eles fazem do açúcar. Lembre-se, ainda, de conscientizá-los sobre os problemas que esse consumo exagerado pode gerar.

 

Cáries

Além da higiene bucal, outro fator está relacionado ao surgimento de cáries: a alimentação. E os alimentos com maior teor de açúcar em sua composição são os que mais contribuem para o aparecimento das tão temidas cáries. Balas, doces, chocolates, entre outros, são verdadeiros vilões quando o assunto é saúde bucal.

 

A cárie surge quando as bactérias que estão nos dentes usam os açúcares simples para se alimentar. Quando comemos algum alimento doce, a bactéria leva cerca de 20 segundos para transformar o açúcar em ácido, que dura por 30 minutos e corrói o esmalte dos dentes. Portanto, limite o consumo de açúcar dos seus filhos e sempre oriente-os a escovar bem os dentes após a ingestão de alimentos que contenham açúcar.

 

Açúcar ideal para consumo

No dia a dia, sempre que possível, substitua o açúcar branco pelos adoçantes naturais em pequenas proporções, como o mel e o melado de cana. Frutas frescas e secas, cereais integrais, leites e castanhas também contêm níveis de açúcar saudáveis ao organismo. Outra opção é a do açúcar mascavo, que é aquele mais escuro, justamente porque ainda não perdeu o melaço da cana com seus nutrientes.

 

E então, você conhece alguém que já passou por problemas de saúde em decorrência do uso abusivo do açúcar? Já busca evitar que seus filhos consumam esse alimento além da conta? Conte pra nós através dos comentários!

Uso de chupeta e qualidade dos dentes de leite do seu filho

por DRA. DANIELA DUMONT . 09/10/2018

A relação do bebê com o bico é sempre muito questionada por profissionais da área da saúde e pela maioria dos pais. Ele é essencial ou não? Sua utilização influencia na qualidade da formação dos dentes do bebê e da criança? Para te ajudar a entender essas questões elaboramos este post e vamos tentar tirar estas e outras dúvidas em relação ao bico. Continue acompanhando com o nosso artigo!

As crianças e o hábito natural da sucção

A sucção é um hábito natural do bebê desde seus primeiros dias de vida, afinal é através desta atitude que ele consegue se nutrir, ao ingerir o leite materno. Ao sugar o seio materno em busca do alimento, o bebê recebe um misto de satisfação alimentar e conforto muscular, já que seu cérebro entende que ele está seguro e saudável.

Quando o bebê se sente plenamente satisfeito, ele larga o seio da mãe e para de mamar e, quando é interrompido por qualquer motivo — fisiológico ou não — ele costuma se sentir incomodado e chorar. A chupeta entra neste momento de incômodo do bebê, como uma substituta para o seio materno.

A chupeta pode ser evitada

Muitos profissionais da área da saúde consideram o uso da chupeta uma atitude que pode ser evitada, já que a grande maioria dos bebês que mamam ao peito não precisam deste apoio. A presença da chupeta pode, inclusive, influenciar no ato de sucção do bebê, já que ele posiciona a língua e a musculatura de maneira diferente do que realizada do seio, podendo influenciar até no desmame precoce da criança, por não se adaptar a sugar o leite materno novamente.

Por este motivo, os fabricantes são obrigados a colocar nas embalagens um aviso que alerta mães e pais sobre a relação da chupeta com as crianças que mamam no peito, alertando que o uso deste material pode influenciar não somente na qualidade da sucção ao peito, mas também no desenvolvimento da fala e dentição, quando utilizada com uma frequência muito grande.

O uso da chupeta tem que ser mínimo

Já que sabemos que o uso, a longo prazo e desregrado, de chupeta pode ser prejudicial a dentição e a fala da criança, como saber quando usar e como usar este item que parece ser tão essencial para o bebê? A chupeta deve ser usada somente em momentos de estresse da criança, para ajudá-la a adormecer, mas nunca como a solução para interromper qualquer choro do bebê. Ela deve ser usada somente até o bebê se acalmar ou adormecer, devendo ser retirada logo após alcançar este objetivo. De acordo com o avanço da idade da criança também é importante ir educando a criança em relação ao uso da chupeta, afinal ele começa a ter a necessidade de aprender a mastigar e beber líquidos de copos, perdendo o hábito natural de sucção. Muitos especialistas na área da saúde sugerem que o uso da chupeta não ultrapasse os dois anos de idade.

A influência do uso errado da chupeta na dentição

Como a criança e o bebê ainda estão passando por um processo de formação corporal, a boca também é influenciada por estímulos gerados com a sucção da chupeta, podendo alterar sua forma. Estas alterações podem resultar em mordidas abertas, mordidas cruzadas, dentes projetados, dentes tortos, além de alterações na fala por enfraquecimento ou posicionamento errado da língua e formação diferenciada da boca. Em casos mais graves, até a deglutição e a respiração podem ser influenciadas.

Vale a pena ressaltar que estas situações só são encontradas em crianças e bebês que fazem uso a longo prazo de chupeta, desrespeitando a frequência e a indicação recomendada pelos profissionais da saúde.

Como retirar a chupeta da criança sem traumatizá-la

Se o seu bebê faz uso da chupeta para ficar mais calmo e você está preocupada em como fará para que este hábito não se torne prejudicial para seu filho, vamos deixar aqui algumas dicas para já começar o trabalho de retirar a chupeta sem gerar trauma para a criança e dores de cabeça para você.

Um ótimo truque é fazer um furo na ponta da chupeta, o que já altera a sensação do bebê ao sugar, estimulando que ele largue logo o bico. Educá-lo em relação a quando o bico é permitido, como, por exemplo, em momentos para dormir, também é uma maneira de não deixar a criança dependente deste item.

Evite também ter vários bicos à disposição da criança, para não estimular a dependência. Se nenhuma destas situações funcionarem não há motivo para preocupação. Existe também uma tendência natural da criança em abandonar a chupeta quando vai alcançando certa idade, já que a necessidade de sucção também diminui.

O uso da chupeta, portanto, apesar de parecer ser a solução de vários problemas dos pais com as crianças, não deve ser feito de maneira exagerada e sem controle. Existe, sim, uma influência negativa do uso desregrado do bico na formação e na qualidade da arcada dentária da criança. Por este motivo, saiba usá-lo com sabedoria, para usufruir somente dos benefícios desse acessório.

E então, você ficou com alguma dúvida? Escreva pra nós através dos comentários!

Medidas caseiras para seu filho dormir melhor

por DRA. LÍGIA KLEIM . 09/10/2018

A hora de dormir pode ser uma tormenta para mães e pais de crianças, especialmente aquelas abaixo dos cinco anos. Muitas destas crianças apresentam dificuldade de dormir no próprio quarto, ou costumam se levantar bastante durante a noite, descansando pouco para o dia seguinte. Se você está lendo este texto é porque é uma das pessoas que sofre com a hora de colocar seu filho para dormir, não é mesmo? Por este motivo vamos lhe passar algumas dicas simples e caseiras para ajudar a fazer seu filho dormir melhor. Venha conferir!

Crianças podem ter dificuldades naturais para dormir

Não é uma surpresa para ninguém que as crianças possam apresentar dificuldades para dormir, especialmente se elas são muito pequenas e estão sozinhas no quarto. Esta situação é bastante relacionada com a sensação de falta de segurança os pequenos sentem ao ficarem sozinhos. E esse sentimento é natural, já que eles têm os pais como referência de ambiente e situação seguros.

A tendência é que, com o passar do tempo, a criança vá se adaptando ao espaço do seu quarto, ou seu berço, e entendendo que é capaz de descansar sozinho sem se preocupar com outras coisas. Se esta situação não melhorar, especialmente após alcançar a faixa etária de cinco anos, é interessante procurar a ajuda de um psicólogo ou um pediatra para avaliar outros possíveis problemas.

É importante obedecer rotinas em casa e na escolinha

Uma maneira de ensinar seu filho a dormir no horário certo e sentir sono durante toda a noite é fazer com que o organismo obedeça a certas rotinas diarias: tente acordar seu filho no mesmo horário, fazer sonecas no meio da tarde com as mesmas durações e também colocá-lo na cama, mesmo que ainda esteja acordado, no mesmo horário. Estas regras se aplicam a qualquer dia da semana e a qualquer ambiente, especialmente na escolinha que devem respeitar o tempo de soneca de seu filho pequeno. As rotinas ajudam a criança a entender que existem horários certos para acordar e dormir, e isso vai ajudá-lo a relacionar o período da noite como horário de descanso.

Lugar para dormir é no berço ou na cama, nunca no colo de alguém

Alguns pais têm um costume natural de fazer com que seus filhos adormeçam no colo para depois levá-los até a cama ou berço. Esta situação é normal quando o bebê ainda é muito pequeno, mas é importante que os pais comecem a acostumá-lo a ir para a cama, ou berço, mesmo antes de adormecer, para que ele aprenda a pegar no sono no seu ambiente de descanso. Assim, sempre que seu filho estiver no quarto, deitado no berço ou na cama, ele vai assimilar esta situação com a necessidade de dormir, relaxando com mais facilidade e descansando melhor.

Mamadeiras para dar sono podem prejudicar

A pior alternativa para que você consiga fazer com que seu filho durma é oferecer uma mamadeira de leite quente antes de dormir. Esta situação é errada por dois motivos: o primeiro porque a criança vai estabelecer uma relação entre tomar mamadeira e a hora de dormir, criando a necessidade de sempre comer algo antes de ir para a cama, sendo que, muitas vezes, não há necessidade de ingestão de calorias naquele momento.

O segundo motivo se relaciona com o fato de a criança ir dormir com os dentes não higienizados, aumentando o risco de desenvolvimento de caries e outras lesões relacionadas com a má higienização bucal. A mamadeira não deve ser uma alternativa para acalmar e fazer sua criança dormir.

Quando acordar durante a noite a criança deve voltar para a própria cama

É comum ver sua criança acordando no meio da noite e pedindo para deitar com os pais para dormir novamente. Se esta situação ocorre ocasionalmente, não existe problema em compartilhar sua cama com seu filho que pode estar assustado, mas esta atitude não pode virar uma regra. A criança tem que entender que o local que ela deve dormir é sua própria cama, e deve aprender a lidar com suas próprias inseguranças naquele local, se desprendendo de seus pais por alguns momentos. Se ela estiver muito insegura a melhor alternativa é retornar com a criança para o quarto dela e acalmá-la até que ela adormeça, evitando levá-la para a cama dos pais.

Banhos costumam ajudar a relaxar

Se seu filho ainda apresenta muita dificuldade para pegar no sono ou dormir uma noite inteira, uma alternativa que costuma ajudar bastante é deixar o horário do banho para mais próximo da hora de dormir. O banho quente ajuda a relaxar a criança, e também os bebês, aumentando a sonolência e a capacidade de dormir mais profundamente.

Encurte as sonecas diurnas caso o sono noturno esteja prejudicado

Um motivo para uma noite maldormida, ou falta de sono na hora de se deitar, pode ser o excesso de sonecas diurnas ao longo da rotina da criança. Neste caso específico tente reduzir o tempo de cochilo do seu filho, ou até mesmo a quantidade de sonecas realizadas por dia, deixando que ele descanse de maneira mais profunda no período da noite.

Esperamos que estas dicas sejam úteis para lhe ajudar a colocar seus filhos para dormir com mais facilidade, e que também garantam noites inteiras de sono com mais frequência. Você conhece alguma outra medida para ajudar a fazer com que os pequenos durmam melhor? Compartilhe deixando sua opinião no espaço de comentários!

Maneiras de prevenir a perda auditiva na criança e no adulto

por DRA. ALESSANDRA PIMENTA . 09/10/2018

Apesar de não parecer ser um problema comum, a deficiência de audição é o terceiro maior tipo de deficiência encontrado no Brasil, de acordo com dados revelados pela Organização Mundial de Saúde. Esta classificação inclui todos os graus de deficiência, que pode ser discreta ou total em alguns casos. O que poucos sabem é que grande parte das perdas auditivas podem ser evitadas com cuidados simples, que podem ser realizados na infância, na idade adulta ou até mesmo na gestação. No texto de hoje vamos destacar algumas maneiras de se prevenir a perda auditiva em várias fases da vida. Confira!

Gestação

Muitas das doenças ou deficiências encontradas em humanos são desenvolvidas ainda no período gestacional, por influências genéticas ou externas, assim como problemas na audição. Apesar de a carga genética não poder ser alterada, os problemas externos podem ser evitados, reduzindo o risco do desenvolvimento de problemas auditivos.

Evitar rubéola

A rubéola é uma doença que, se adquirida na gestação, pode prejudicar a formação do bebê trazendo, dentre vários problemas, uma significativa alteração na audição. Para evitar se contaminar com esta doença a mãe deve se preocupar em vacinar contra rubéola ainda antes de engravidar.

Evitar o consumo de álcool

O álcool, se consumido em excesso ou regularmente, pode ser lesivo par a formação do feto. Gestantes devem evitar estas bebidas durante os nove meses da gravidez.

Não fumar

O tabaco não é lesivo somente para a saúde da mãe, mas também pode ser extremamente prejudicial para a formação do bebê. O desenvolvimento de problemas auditivos pode ser consequência de uma gestação com mãe fumante.

Converse com o feto

O estímulo auditivo pode ser extremamente importante para o desenvolvimento correto da audição ainda no feto. Por isto, por mais bobo que possa parecer, converse com seu filho ainda na barriga, para começar a estimular suas funções auditivas.

Infância

A infância também é uma fase definitiva na construção de todo o sistema auditivo do indivíduo, por isto alguns cuidados podem ser necessários nesta fase da vida.

Valorizar o estímulo auditivo

Nada é mais importante para uma criança do que o estímulo e isso funciona também para a audição. Crianças que vivem em ambientes mais propensos ao som e a fala desenvolvem melhor audição do que aquelas que recebem pouco estímulo de seus pais ou da escolinha.

Por isto fale sempre com seus filhos, estimule a busca e o conhecimento de novos sons e nunca deixe de trabalhar a audição com eles, mas tome cuidado com sons muito altos ou agudos, que podem lesionar o sistema auditivo da criança.

Cuidado com pequenos objetos

As crianças são muito curiosas e essa curiosidade, apesar de necessária, pode ser perigosa em alguns momentos. Como elas querem testar e experimentar tudo, é bom mantê-las longe de pequenos objetos (como grãos de milho ou pecinhas de brinquedo) que possam caber dentro de seus ouvidos. Essas lesões podem ser extremamente graves dependendo da profundidade que o objeto alcançar no canal auricular.

Vida adulta

Quem acredita que o adulto está livre de problemas de audição é que se engana fortemente. Apesar da perda natural de alguns graus de audição serem inevitáveis durante o processo de envelhecimento, alguns cuidados podem evitar que este processo se acelere ao longo dos anos.

Evite barulhos altos

É preciso ter muito cuidado com os sons que colocamos no nosso ouvido, já que barulhos muito altos podem lesionar partes do nosso sistema auditivo. Além de valorizar volumes moderados na hora de escutar música e proteger os ouvidos quando for mexer com algum aparelho que faz muito barulho (como uma furadeira ou uma batedeira), pode ser interessante trocar seus fones de ouvidos por headphones (aqueles que ocupam todo o espaço da orelha), já que eles exigem sons menos altos e mais confortáveis.

O cotonete pode ser vilão

Devemos sim limpar a cera excessiva no ouvido para escutar melhor, mas também temos que ter cuidado para não empurrá-la para dentro do canal auricular, atrapalhando ainda mais nossa capacidade de ouvir. O cotonete deve ser usado para limpar o ouvido somente na parte externa, sem precisar ser introduzido no canal.

Nade com toucas e tire a água excessiva do ouvido

Para evitar a famosa “otite do nadador”, quando frequentar uma piscina use, sempre que possível, uma touca e protetores auriculares, além de focar em retirar a água que ficou armazenada dentro do ouvido após sair da água. Assim você evita infecções desnecessárias que podem prejudicar a qualidade da audição.

Mesmo com todos estes cuidados é importante frequentar, sempre que necessário, um médico otorrinolaringologista, que é o especialista em detectar problemas nesta região do corpo em qualquer fase da vida. Quais outros cuidados você costuma ter com sua audição, ou com a de seus filhos, para evitar ter perdas significativas ao longo da vida? Use o espaço dos comentários e conte suas experiências!

Alimentação inadequada, consequências para a dentição

por DRA. DANIELA DUMONT . 09/10/2018

A alimentação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento correto da criança, e ela deve ser tratada com cuidado, não somente para que os pequenos cresçam corretamente, mas também porque ela pode ter papel essencial na formação da dentição saudável. Uma alimentação inadequada pode ter consequências graves nos dentes e na arcada da criança, sofrendo não somente com o consumo de alimentos errados, mas também com a falta de alguns nutrientes. Vamos descobrir neste texto quais são as consequências desta alimentação inadequada na infância para a dentição:

Cáries e outras lesões

Não é segredo para ninguém que o consumo de açúcares em excesso é responsável por aumentar o risco de desenvolvimento de caries. Para crianças este risco é redobrado, já que, além de se atrairem muito mais por doces do que adultos, elas também tem muito menos cuidado com a higienização bucal após o consumo deste tipo de alimento. A falta de higienização, somada ao consumo de açúcares, favorece surgimento das cáries, que se não forem tratadas podem se transformar em lesões ainda mais graves no dente e na gengiva da criança.

Dificuldade de mastigação

O contato da criança com o alimento é importante na sua formação muscular e óssea, por isto a passagem da alimentação pastosa para a sólida, no início da infância, é tão importante. Crianças que são privadas deste estímulo e contato demoram a criar o hábito de mastigar, o que influencia no desenvolvimento muscular e ósseo da região. Isto implica, em um futuro próximo, em problemas com a arcada e mandíbula, que podem afetar a qualidade da mastigação, da fala e até gerar desconfortos como dores de cabeça por causa da arcada mal posicionada. Permita que sua criança tenha contato com os mais diversos tipos de alimento, para que ela consiga estimular esta região a funcionar normalmente.

Falta de nutriente para a formação dos dentes

A desnutrição é um quadro que preocupa especialistas da área da saúde, principalmente quando ela ocorre na infância. A criança privada de macro e micronutrientes tem déficit importante no desenvolvimento corporal, no raciocínio e também na qualidade de seus dentes. A dentição, assim como a massa óssea, depende da ingestão de vitaminas como a D e de minerais como o cálcio, que atuam diretamente na sua formação molecular e estrutural. Sem estes micronutrientes o dente pode ficar enfraquecido ou se lesionar facilmente, prejudicando a qualidade da mastigação e a aparência física do sorriso da criança. A deficiência de outras vitaminas, como a C e a A, também pode prejudicar a dentição, pois afetam a formação gengival e aumentam o risco de sangramentos e lesões no local.

Cuidado com alimentos muito ácidos

O excesso de acidez pode ser prejudicial para a saúde do esmalte do dente. Alimentos muito ácidos, como sucos de frutas, refrigerante e café, podem ser extremamente corrosivos para a camada externa do dente, aumentando o risco de rachaduras, fraturas e sensibilidade no local se não higienizados corretamente. A maneira de diminuir o efeito destes alimentos na saúde bucal, especialmente em crianças, é estimular o enxague da região da boca após a ingestão de alimentos e bebidas muito ácidas, já que elas não podem ser privadas de consumir frutas e sucos naturais devido ao seu enorme valor nutricional. Já o consumo de refrigerantes e cafés deve ser desestimulado nesta faixa etária, com risco não somente de agravar o quadro de lesões mas também de escurecer o esmalte do dente.

Higienização correta é a chave

Não existe segredo maior para uma dentição saudável do que a higienização correta, já que, além da alimentação equilibrada e a garantia de um estado nutricional saudável, a limpeza é que vai garantir que não existam maiores riscos de lesão e má formação na região bucal. Por isto, além de ensinar seu filho a se alimentar corretamente, é preciso estar atento a qualidade da higiene bucal realizada por ele, prestando auxílio sempre que necessário. Nunca deixe também de visitar o dentista para garantir a manutenção e acompanhamento da saúde dos dentes.

Como é a qualidade da alimentação dos seus filhos? Você já reparou se ela reflete na saúde bucal deles? Deixe seu comentário e tire suas dúvidas conosco!

Qual a freqüência ideal para levar seu filho ao pediatra

por DRA. LÍGIA KLEIM . 09/10/2018

A pediatria é um dos ramos mais bonitos da medicina, mas também é considerado um dos mais difíceis. O acompanhamento adequado e com qualidade é indispensável para o crescimento sadio das crianças. Porém, muitos pais não sabem exatamente qual a frequência ideal com que devem levar os filhos ao pediatra. Se você também já teve (ou ainda tem!) essa dúvida, continue lendo o nosso artigo e entenda porque é importante escolher um médico de confiança e com que frequência ele deverá ser visitado!

Pediatra ou serviço de emergência?

Uma nova tendência vem ocorrendo em alguns locais, que é a de levar as crianças aos atendimentos de emergência ao invés do pediatra. Mas essa troca pode trazer diversos riscos. Além de diagnosticar e tratar males que afligem os pequenos, como asma, bronquites, lesões típicas, entre outros, o acompanhamento constante feito com um pediatra permite um melhor conhecimento do histórico médico e a detecção precoce de problemas. Se por desconhecimento ou falta de tempo você só leva seu filho ao pediatra quando ele fica doente ou apenas corre para o serviço de emergência, repense sua atitude.

Qual a importância do acompanhamento?

O fato de ir com frequência determinada ao pediatra influencia em diversos aspectos a vida da criança. Constrói-se uma relação de confiança e cumplicidade, além do conhecimento das características únicas de cada paciente, o que facilita diagnósticos. A boa relação também permite que sejam dadas instruções nos mais diversos níveis, como na alimentação, nos hábitos do dia a dia, na higiene, entre outros. É esse especialista, também, que vai fazer o acompanhamento do ganho de peso, da altura, fazer os testes necessários desde o nascimento, bem como estabelecer e fiscalizar o calendário de vacinação.

Qual a frequência ideal?

O número de visitas vai variar de acordo com o estado da criança. É claro que, se houver problemas de saúde, alterações significativas de peso, desenvolvimento cognitivo, altura ou outro fator relevante, os intervalos entre as consultas poderão ser reduzidos. Mas em linhas gerais, há uma recomendação que indica uma consulta aos 5 dias de vida, outra aos 15 dias e outra aos 30 dias. Entre os 2 e 6 meses, uma consulta mensal é suficiente. Dos 6 aos 12 meses, a consulta pode ser mensal ou bimestral, dependendo da conduta do pediatra e da necessidade da criança e da família. E com o passar do tempo, o espaço vai aumentando: de 1 a 2 anos, recomenda-se uma consulta trimestralmente, dos 2 aos 6, uma semestralmente e dos 6 aos 18 anos uma vez por ano (sim, deve-se visitar o pediatra até o final da adolescência!).

Pode parecer muito, mas são essas visitas que vão garantir que os seus filhos se desenvolvam plenamente. Se você anda sem tempo ou dinheiro, o ideal é que você se organize para conseguir seguir esse cronograma da forma mais próxima do indicado. Como você pode observar, o pediatra será uma profissional que vai conviver com o seu filho (e você, é claro) desde o nascimento até o final da adolescência.

Com essas visitas, o desenvolvimento dos seus pequenos será muito mais tranquilo e saudável. Se as suas crianças ainda não têm um pediatra, procure por um profissional de qualidade e confiança hoje mesmo! Você ainda tem alguma dúvida sobre a frequência com que devem acontecer as visitas ao médico infantil? Escreva pra nós utilizando o espaço dos comentários!