Doenças orais mais comuns às crianças

por DRA. DANIELA DUMONT . 09/10/2018

Devemos estar sempre atentos à dentição das crianças, já que a infância é uma época de desenvolvimento de várias partes do corpo, inclusive da região da boca e dos dentes. Por este motivo, educar nossos filhos para que eles realizem uma higienização oral correta e completa é muito importante para evitar doenças que geralmente surgem por decorrência da falta de higienização na região. Será que você conhece as doenças orais que são comumente mais encontradas em crianças? Continue acompanhando o nosso post e confira!

Placa bacteriana

A placa bacteriana é uma doença comum em qualquer indivíduo, independente da idade. Ela é formada nos dentes após a ingestão dos alimentos que as bactérias, presentes na região da boca, usam como substrato para se desenvolver. Ela geralmente é removida com a ajuda da escovação, porém se a higienização não for realizada da maneira ou na frequência correta, a placa pode aumentar e desenvolver doenças ainda mais graves, como as cáries, a periodontite e até a perda dos dentes. Por este motivo, é preciso estar atento à escovação adequada para evitar problemas com a placa ainda na infância.

Cárie dentária

Já sabemos que a cárie pode ser uma consequência da má higienização da placa bacteriana formada nos dentes após a alimentação. Ela é uma espécie de deterioração do dente, que pode atacar o esmalte dentário com chance de evoluir para lesões ainda mais profundas e graves, atingindo os nervos e raiz do dente. A cárie é bastante comum em crianças porque, nesta fase, além da procura pelo consumo de açúcar ser maior, elas têm menor atenção com a higienização correta dos dentes, especialmente na retirada dos alimentos acumulados nos sulcos destas formações dentárias. A cárie, se não for tratada, pode evoluir para um quadro de canal ou até mesmo de perda completa do dente.

Traumatismo dentário

Crianças são as maiores vítimas de traumatismo dentário, já que estes quadros estão frequentemente associados a quedas, acidentes e lesões que ocorrem com o impacto forte na região bucal. O traumatismo dentário pode ser visível ou não, devendo ser tratado imediatamente após o ocorrido, para evitar perdas mais importantes na região da arcada dentária. Em crianças, preocupa-se mais com a lesão em dentes permanentes do que em dentes de leite, apesar de as duas influenciarem negativamente na autoestima do indivíduo, já que podem ter relação direta com a qualidade do sorriso da criança.

Periodontite

O acúmulo acentuado de placa bacteriana, além de ser um dos responsáveis pelo desenvolvimento de cáries, pode também ser a porta de entrada para outra doença comum na infância: a periodontite. Esta doença é uma inflamação da região dos dentes, causada especialmente pelo crescimento bacteriano na raiz dentária, no osso e em outras estruturas de suporte do dente. Estas doenças, se não tratadas, além de dificultar a higienização da região bucal por apresentar gengivas inflamadas e doloridas, pode também resultar em perdas dentárias. A atenção com a higienização de dentes permanentes na infância é extremamente importante para evitar a perda destas estruturas em crianças.

Outras doenças, como a gengivite, o tártaro e a sensibilidade dentária também podem aparecer na infância, já que todas elas podem ser consequências da má higienização da região oral. Por este motivo, o segredo para que seu filho fique longe das doenças bucais é preciso que você estimule sempre os bons hábitos de higienização, garantindo a saúde e a manutenção correta das estruturas dentárias.

E então, o seu filho já teve algum desses problemas? Você o conscientiza para evitá-los? Conte para nós através dos comentários!

Miniguia da dentição infantil

por DRA. DANIELA DUMONT . 09/10/2018

A troca de dentes é uma fase muito esperada e cheia de detalhes na vida de uma criança. Desde o nascimento dos primeiros dentes de leite no bebê (chamados de dentes decíduos), do processo para arrancar cada dentinho, até o surgimento da dentição definitiva, os pais têm diversas dúvidas e questionamentos de como cuidar de cada etapa e garantir para seus filhos uma boa saúde bucal e uma vida inteira de bons hábitos, com excelente higiene oral.

Quer saber melhor como se dão essas mudanças? Leia o nosso miniguia da dentição infantil e fique por dentro de tudo sobre a troca de dentes do seu filho!

Quando começam a nascer os dentes de leite?

Os dentes de leite, também chamados de decíduos, começam a surgir em torno do sexto mês de vida, em geral, iniciando pelos inferiores. Há uma sequência de erupção comum, que se dá posteriormente pelos incisivos centrais e laterais superiores com um espaçamento de dois meses em média. Quando o bebê chega aos 15 meses de vida, costuma ser a época de nascimento dos primeiros molares superiores e, logo depois, os inferiores, seguidos pelos caninos.

Aos 18 meses, os segundos molares inferiores surgem e, aos 24 meses, os molares superiores. A dentição estará completa quando as crianças estiverem com 20 dentes na boca, ou seja, oito incisivos, quatro caninos e oito molares. Embora seja um processo fisiológico perfeitamente normal, ele tem diversas variações de criança para criança, de acordo com a genética, o ambiente e até questões emocionais.

Sintomas do surgimento dos primeiros dentinhos

Muitas crianças podem apresentar sintomas locais ou sistêmicos nesta fase de erupção dos dentes decíduos. Alguns fatores podem ser observados, como: sialorreia (salivação excessiva), irritabilidade, agitação, febre baixa, falta de apetite, e até erupções cutâneas e diarreia. Porém, todos esses sintomas que ocorrem durante a erupção dos dentes de leite são transitórios e não comprometem o estado de saúde geral da criança por longos períodos.

Perda dos dentes de leite

Quando as crianças completam 5 e 6 anos, os dentes de leite começam a cair, para dar lugar aos permanentes. Normalmente, os primeiros a serem trocados são os incisivos inferiores e superiores, que formam, na maioria das vezes, a famosa “janelinha” na boca dos pequenos. Em seguida, na faixa etária dos 8 e 10 anos, começam a cair os dentes molares e, finalmente, entre os 10 e 13, os últimos, os caninos, é que trocados. A idade, porém, pode variar de criança para criança e o ideal é que os pais conversem frequentemente com os dentistas para saber se tudo está acontecendo dentro do esperado.

Cuidados que os pais devem ter

Os pais podem tomar alguns cuidados para preservar a saúde bucal de seus filhos. Elas são diversas e devem ser devidamente ensinadas e feitas desde a mais tenra idade. Para evitar cáries, o consumo de açúcar deve ser restringido. O flúor deve sempre estar presente, seja pela água fluoretada ou como tratamento aplicado pelo dentista. Ele fortalece o esmalte dos dentes e aumenta a resistência. Existem suplementos com essa substância, que podem ser recomendados pelo dentista.

É indispensável, também, ensinar a criança a escovar os dentes adequadamente e usar o fio dental de maneira regular e correta. Invente maneiras de tornar esse processo divertido e lúdico, fazendo com que a criança queira sempre ter esses bons hábitos. Escovas de bichinhos — desde que boa qualidade — estão liberadas, assim como pastas de dente com sabores, também desde que sejam de marcas reconhecidas do mercado.

Adotando os hábitos corretos e ensinando bem os seus filhos, eles terão a possibilidade de terem dentes saudáveis desde a dentição decídua até a definitiva. Um sorriso bonito é o cartão de visitas de qualquer pessoa e deve ser valorizado desde sempre! Você ainda tem alguma dúvida sobre a troca de dentes e sobre como cuidar da dentição do seu filho? Conte pra nós através dos comentários!

Traumatismos dentários mais comuns, saiba como agir

por DRA. ADRIANA PEIXOTO . 09/10/2018

O traumatismo dentário é uma das maiores causas de perda de dentes em qualquer faixa etária, especialmente na infância e na adolescência. São classificadas como traumatismo dentário as lesões que acontecem nos dentes, nos lábios, na língua, na bochecha e no tecido ósseo, geralmente ocasionados por algum trauma na região. Apesar de o traumatismo ser considerado uma situação de urgência, nem sempre o atendimento é realizado de maneira imediata, muitas vezes por falta de informação de quem procura a ajuda, ou até de quem presta o atendimento. Você sabe como agir quando está diante de uma situação de trauma na região bucal? Vamos falar sobre estas e outras situações relacionadas com o traumatismo dentário neste texto. Confira:

 

O que é considerado um traumatismo dentário?

Lesões que resultam de traumas dentários, como uma fratura pequena no esmalte, na coroa e até mesmo na raiz, gerando perda (ou não) de todo o dente podem ser consideradas como traumatismo dentário. A concussão e luxação de tecidos que envolvem e sustentam o dente também entram nesta classificação.

Estas lesões podem ser resultados de quedas, acidentes, brigas, traumas esportivos, lesões com objetos e até maus-tratos, especialmente quando se trata de uma criança. As lesões dos dentes posicionados anteriormente, como os incisivos centrais, laterais e caninos, podem causar dor, e ainda afetar a autoestima, já que tem relação direta com a nossa imagem. Lesões nos dentes posteriores, apesar de interferirem menos na aparência, também podem ser dolorosas e prejudicar algumas funções tradicionais do dente como, por exemplo, a mastigação.

O que acontece com o dente que passa por um trauma?

Nem todo dente que sofre um trauma vai aparentar-se lesionado em um primeiro momento, com sangramento ou rachaduras visíveis. Isso acontece porque as fraturas podem ser encontradas dentro do tecido bucal, na raiz e até na massa óssea que sustenta o dente. Estas lesões podem afetar o canal sanguíneo e o nervo do dente e, consequentemente, resultar em perda total da coroa e da raiz, dependendo da demora do atendimento adequado.

As alterações de cores também não são frequentes em qualquer tipo de trauma dentário, por isto é necessário fazer um acompanhamento clínico e radiológico durante a avaliação da lesão e após o tratamento delas por até, aproximadamente, cinco anos em casos de dentes permanentes.

Quais são os traumas mais comuns?

Os traumas dentários mais encontrados nos consultórios odontológicos são: a fratura do esmalte (em pequenos ou grandes pedaços), fratura da coroa, fratura da coroa e raiz, concussão dos tecidos de suporte dental e luxações na massa óssea e no elemento dental. Cada um destes traumas exige um tipo de tratamento específico, que pode desde simples reestruturações no esmalte até cirurgias para reposicionamento e substituição da estrutura perdida. Para evitar maiores complicações é indicado que o paciente procure a ajuda de um especialista imediatamente após a ocorrência da lesão.

Como agir no momento seguinte a um trauma?

Se você ainda está inseguro sobre como agir no momento seguinte ao trauma, aqui vão algumas dicas para não correr maiores riscos nesta situação:

     Procure um dentista imediatamente e em qualquer horário;

     Se houver sangramento estanque com gaze, papel toalha, lenço ou gelo e visualize de onde está vindo o fluxo de sangue;

     Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de sucesso no reimplante. Para isto, reposicione o dente no local da fratura, se for possível, ou carregue o pedaço fraturado dentro de um frasco com soro fisiológico, leite ou saliva para transportar. Evite tocar na raiz, pegando o dente sempre pela coroa.

     Se você não encontrar o pedaço de dente fraturado corra diretamente para o consultório do dentista. Só ele é capaz de avaliar se houve esta perda ou se o dente entrou no osso alveolar.

O traumatismo dentário é mais comum do que imaginamos, portanto sua ocorrência não é motivo para pânico. Tente ser prático e procurar uma ajuda profissional imediatamente para evitar maiores consequências. Lembre-se que a melhor maneira de evitar este tipo de lesão na região da boca é ter cuidado com as situações que podem levar a traumas, por isto fique sempre atento para proteger seus dentes.

Ingestão exagerada de açúcar e as consequências para a saúde da criança

por DRA. LÍGIA KLEIM . 09/10/2018

Sobre o açúcar


Ao contrário do que muitos pensam, o açúcar não é um aditivo natural na alimentação. Ele é um produto químico fabricado a partir do refinamento do caldo da cana-de-açúcar, e não contém nutrientes, apenas muitas calorias. Se ingerido de maneira compulsória, pode trazer diversos malefícios como apontam muitas pesquisas científicas.

 

Quando em reação com as proteínas, o açúcar gera as moléculas chamadas AGEs, que são perigosas porque podem alterar a estrutura molecular destes compostos orgânicos, causando diversas doenças degenerativas e outras complicações no funcionamento do corpo.

 

Como estão em um momento de formação, as crianças devem evitar ao máximo o consumo do açúcar. Refrigerantes, balas, chocolates e demais doces podem ser consumidos desde que de maneira moderada. O alto consumo desses alimentos pode levar, entre outras consequências, à hiperatividade, baixa concentração, ansiedade e irritabilidade.

 

Obesidade

Segundo o Portal da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos são obesas, e grande parte deste problema é proveniente do consumo desenfreado do açúcar.

 

Caso seja ingerido em excesso, o açúcar pode sofrer uma reação bioquímica que o transformará em gordura. Esse fato aliado ao estilo de vida sedentário das crianças, faz com que elas se tornem obesas, deixando o corpo propenso a várias outras doenças.

 

Diabetes

Todas as vezes em que se consome açúcar, há um aumento da glicemia. Em correspondência a esta ingestão, o corpo libera insulina, que é o hormônio responsável por colocar a glicose na célula. Caso se consuma muito açúcar, o pâncreas, que é o produtor da insulina, pode ficar sobrecarregado, o que o leva à insuficiência, resistência ou ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.

 

Câncer

A predisposição à diabetes e obesidade é fator de risco para o câncer. E como você já viu neste post, essas doenças podem ser causadas pelo alto consumo de açúcar: mais um motivo para que você seja firme com os seus filhos, prestando muita atenção ao consumo que eles fazem do açúcar. Lembre-se, ainda, de conscientizá-los sobre os problemas que esse consumo exagerado pode gerar.

 

Cáries

Além da higiene bucal, outro fator está relacionado ao surgimento de cáries: a alimentação. E os alimentos com maior teor de açúcar em sua composição são os que mais contribuem para o aparecimento das tão temidas cáries. Balas, doces, chocolates, entre outros, são verdadeiros vilões quando o assunto é saúde bucal.

 

A cárie surge quando as bactérias que estão nos dentes usam os açúcares simples para se alimentar. Quando comemos algum alimento doce, a bactéria leva cerca de 20 segundos para transformar o açúcar em ácido, que dura por 30 minutos e corrói o esmalte dos dentes. Portanto, limite o consumo de açúcar dos seus filhos e sempre oriente-os a escovar bem os dentes após a ingestão de alimentos que contenham açúcar.

 

Açúcar ideal para consumo

No dia a dia, sempre que possível, substitua o açúcar branco pelos adoçantes naturais em pequenas proporções, como o mel e o melado de cana. Frutas frescas e secas, cereais integrais, leites e castanhas também contêm níveis de açúcar saudáveis ao organismo. Outra opção é a do açúcar mascavo, que é aquele mais escuro, justamente porque ainda não perdeu o melaço da cana com seus nutrientes.

 

E então, você conhece alguém que já passou por problemas de saúde em decorrência do uso abusivo do açúcar? Já busca evitar que seus filhos consumam esse alimento além da conta? Conte pra nós através dos comentários!

Como escolher a escova de dentes ideal para o seu filho

por DRA. DANIELA DUMONT . 09/10/2018

A escova de dentes é um utensílio importante para uma higienização correta da região bucal. Saber escolher a escova dental adequada vai garantir que pelo menos metade da qualidade da higienização seja feita de maneira satisfatória, já que existem modelos específicos para cada tipo de cliente. Por este motivo é importante saber escolher a escova dental ideal para o seu filho, já que a higienização correta dos dentes vai garantir mais saúde e uma arcada saudável para a criança quando ela crescer, passando por menos complicações relacionadas a saúde bucal. Você sabe escolher a escova de dentes ideal para seu filho? Continue lendo o nosso artigo e descubra!

Tamanho ideal para crianças

Crianças não são pequenas somente na estatura, mas o tamanho da região bucal também é bem inferior à de adultos, por isto as escovas de dentes não devem ter o mesmo tamanho de escovas de adultos. Escovas com cabeças, cerdas e cabos muito longos podem machucar a boca da criança durante a escovação, já que elas não são adaptadas para esta faixa etária. Quando for procurar uma escova para seu filho tente respeitar ao máximo a indicação de faixa etária impressa no rótulo, ou conte também com a orientação de seu dentista.

Preocupe-se com a maciez das cerdas

Cerdas muito duras podem ser capazes de machucar até as gengivas de adultos, especialmente se forem utilizadas com muita força no momento da escovação. As escovas de crianças deve ter cerdas macias, para evitar que elas se lesionem ao higienizar os dentes, deixando as escovas com cerdas rígidas para a escovação de aparelhos móveis ou próteses utilizadas pela criança.

Cabeças arredondadas são melhores que quadradas

Você já deve ter reparado que a grande maioria das escovas infantis conta com a cabeça mais arredondada do que outras escovas de dente. Elas são projetadas desta maneira também para evitar que a criança se machuque durante a escovação. Escovas quadradas ou com pontas podem lesionar a gengiva, a língua ou outras regiões da boca até mesmo com uma movimentação mais lenta, devendo ser evitada nesta faixa etária.

Evite cabos muito longos

As crianças têm que se sentir confortáveis quando estão higienizando os dentes, especialmente se esta higienização é feita por elas próprias. Se o cabo da escova é muito grande a criança pode ter dificuldade e logo desistir de utilizar um objeto desconfortável, por isto opte por escovas com cabos que se adéquem ao pequeno espaço disponível na palma da mão das crianças. Desta maneira ela vai conseguir escovar os dentes com mais calma e mais paciência.

Deixe seu filho te ajudar na escolha da escova

Crianças naturalmente não gostam de fazer nada que esteja relacionado com higienização, como tomar banho e escovar os dentes. Por este motivo, tornar estes momentos divertidos é uma maneira de chamar a atenção da criança para a importância de se higienizar. Algumas escovas de dente infantis são enfeitadas com desenhos de personagens conhecidos pela criançada, ou tem cores extravagantes e divertidas para chamar a atenção desta faixa etária para o objeto. Por isto, quando for comprar a escova de seu filho, deixe ele participar da escolha, optando pelo desenho ou pela cor que gosta mais, e prestando maior atenção na importância de se escovar os dentes diariamente.

A troca deve ser frequente

Depois de cumprir a difícil tarefa de encontrar a escova de dentes perfeita para seu filho, não se esqueça de ter em mente que este objeto deve ser trocado com uma frequência de, pelo menos, três em três meses, garantindo a qualidade da escovação e da saúde bucal da criança.

Estas são as dicas que organizamos para te ajudar a escolher a escova de dente ideal para seu filho, porém não se esqueça de seguir as orientações do odontopediatra que acompanha a criança para que esta escolha seja feita de uma maneira ainda mais segura para a saúde bucal nesta faixa etária! Se você ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão para compartilhar escreva para nós através dos comentários!

Uso de chupeta e qualidade dos dentes de leite do seu filho

por DRA. DANIELA DUMONT . 09/10/2018

A relação do bebê com o bico é sempre muito questionada por profissionais da área da saúde e pela maioria dos pais. Ele é essencial ou não? Sua utilização influencia na qualidade da formação dos dentes do bebê e da criança? Para te ajudar a entender essas questões elaboramos este post e vamos tentar tirar estas e outras dúvidas em relação ao bico. Continue acompanhando com o nosso artigo!

As crianças e o hábito natural da sucção

A sucção é um hábito natural do bebê desde seus primeiros dias de vida, afinal é através desta atitude que ele consegue se nutrir, ao ingerir o leite materno. Ao sugar o seio materno em busca do alimento, o bebê recebe um misto de satisfação alimentar e conforto muscular, já que seu cérebro entende que ele está seguro e saudável.

Quando o bebê se sente plenamente satisfeito, ele larga o seio da mãe e para de mamar e, quando é interrompido por qualquer motivo — fisiológico ou não — ele costuma se sentir incomodado e chorar. A chupeta entra neste momento de incômodo do bebê, como uma substituta para o seio materno.

A chupeta pode ser evitada

Muitos profissionais da área da saúde consideram o uso da chupeta uma atitude que pode ser evitada, já que a grande maioria dos bebês que mamam ao peito não precisam deste apoio. A presença da chupeta pode, inclusive, influenciar no ato de sucção do bebê, já que ele posiciona a língua e a musculatura de maneira diferente do que realizada do seio, podendo influenciar até no desmame precoce da criança, por não se adaptar a sugar o leite materno novamente.

Por este motivo, os fabricantes são obrigados a colocar nas embalagens um aviso que alerta mães e pais sobre a relação da chupeta com as crianças que mamam no peito, alertando que o uso deste material pode influenciar não somente na qualidade da sucção ao peito, mas também no desenvolvimento da fala e dentição, quando utilizada com uma frequência muito grande.

O uso da chupeta tem que ser mínimo

Já que sabemos que o uso, a longo prazo e desregrado, de chupeta pode ser prejudicial a dentição e a fala da criança, como saber quando usar e como usar este item que parece ser tão essencial para o bebê? A chupeta deve ser usada somente em momentos de estresse da criança, para ajudá-la a adormecer, mas nunca como a solução para interromper qualquer choro do bebê. Ela deve ser usada somente até o bebê se acalmar ou adormecer, devendo ser retirada logo após alcançar este objetivo. De acordo com o avanço da idade da criança também é importante ir educando a criança em relação ao uso da chupeta, afinal ele começa a ter a necessidade de aprender a mastigar e beber líquidos de copos, perdendo o hábito natural de sucção. Muitos especialistas na área da saúde sugerem que o uso da chupeta não ultrapasse os dois anos de idade.

A influência do uso errado da chupeta na dentição

Como a criança e o bebê ainda estão passando por um processo de formação corporal, a boca também é influenciada por estímulos gerados com a sucção da chupeta, podendo alterar sua forma. Estas alterações podem resultar em mordidas abertas, mordidas cruzadas, dentes projetados, dentes tortos, além de alterações na fala por enfraquecimento ou posicionamento errado da língua e formação diferenciada da boca. Em casos mais graves, até a deglutição e a respiração podem ser influenciadas.

Vale a pena ressaltar que estas situações só são encontradas em crianças e bebês que fazem uso a longo prazo de chupeta, desrespeitando a frequência e a indicação recomendada pelos profissionais da saúde.

Como retirar a chupeta da criança sem traumatizá-la

Se o seu bebê faz uso da chupeta para ficar mais calmo e você está preocupada em como fará para que este hábito não se torne prejudicial para seu filho, vamos deixar aqui algumas dicas para já começar o trabalho de retirar a chupeta sem gerar trauma para a criança e dores de cabeça para você.

Um ótimo truque é fazer um furo na ponta da chupeta, o que já altera a sensação do bebê ao sugar, estimulando que ele largue logo o bico. Educá-lo em relação a quando o bico é permitido, como, por exemplo, em momentos para dormir, também é uma maneira de não deixar a criança dependente deste item.

Evite também ter vários bicos à disposição da criança, para não estimular a dependência. Se nenhuma destas situações funcionarem não há motivo para preocupação. Existe também uma tendência natural da criança em abandonar a chupeta quando vai alcançando certa idade, já que a necessidade de sucção também diminui.

O uso da chupeta, portanto, apesar de parecer ser a solução de vários problemas dos pais com as crianças, não deve ser feito de maneira exagerada e sem controle. Existe, sim, uma influência negativa do uso desregrado do bico na formação e na qualidade da arcada dentária da criança. Por este motivo, saiba usá-lo com sabedoria, para usufruir somente dos benefícios desse acessório.

E então, você ficou com alguma dúvida? Escreva pra nós através dos comentários!

Alimentação inadequada, consequências para a dentição

por DRA. DANIELA DUMONT . 09/10/2018

A alimentação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento correto da criança, e ela deve ser tratada com cuidado, não somente para que os pequenos cresçam corretamente, mas também porque ela pode ter papel essencial na formação da dentição saudável. Uma alimentação inadequada pode ter consequências graves nos dentes e na arcada da criança, sofrendo não somente com o consumo de alimentos errados, mas também com a falta de alguns nutrientes. Vamos descobrir neste texto quais são as consequências desta alimentação inadequada na infância para a dentição:

Cáries e outras lesões

Não é segredo para ninguém que o consumo de açúcares em excesso é responsável por aumentar o risco de desenvolvimento de caries. Para crianças este risco é redobrado, já que, além de se atrairem muito mais por doces do que adultos, elas também tem muito menos cuidado com a higienização bucal após o consumo deste tipo de alimento. A falta de higienização, somada ao consumo de açúcares, favorece surgimento das cáries, que se não forem tratadas podem se transformar em lesões ainda mais graves no dente e na gengiva da criança.

Dificuldade de mastigação

O contato da criança com o alimento é importante na sua formação muscular e óssea, por isto a passagem da alimentação pastosa para a sólida, no início da infância, é tão importante. Crianças que são privadas deste estímulo e contato demoram a criar o hábito de mastigar, o que influencia no desenvolvimento muscular e ósseo da região. Isto implica, em um futuro próximo, em problemas com a arcada e mandíbula, que podem afetar a qualidade da mastigação, da fala e até gerar desconfortos como dores de cabeça por causa da arcada mal posicionada. Permita que sua criança tenha contato com os mais diversos tipos de alimento, para que ela consiga estimular esta região a funcionar normalmente.

Falta de nutriente para a formação dos dentes

A desnutrição é um quadro que preocupa especialistas da área da saúde, principalmente quando ela ocorre na infância. A criança privada de macro e micronutrientes tem déficit importante no desenvolvimento corporal, no raciocínio e também na qualidade de seus dentes. A dentição, assim como a massa óssea, depende da ingestão de vitaminas como a D e de minerais como o cálcio, que atuam diretamente na sua formação molecular e estrutural. Sem estes micronutrientes o dente pode ficar enfraquecido ou se lesionar facilmente, prejudicando a qualidade da mastigação e a aparência física do sorriso da criança. A deficiência de outras vitaminas, como a C e a A, também pode prejudicar a dentição, pois afetam a formação gengival e aumentam o risco de sangramentos e lesões no local.

Cuidado com alimentos muito ácidos

O excesso de acidez pode ser prejudicial para a saúde do esmalte do dente. Alimentos muito ácidos, como sucos de frutas, refrigerante e café, podem ser extremamente corrosivos para a camada externa do dente, aumentando o risco de rachaduras, fraturas e sensibilidade no local se não higienizados corretamente. A maneira de diminuir o efeito destes alimentos na saúde bucal, especialmente em crianças, é estimular o enxague da região da boca após a ingestão de alimentos e bebidas muito ácidas, já que elas não podem ser privadas de consumir frutas e sucos naturais devido ao seu enorme valor nutricional. Já o consumo de refrigerantes e cafés deve ser desestimulado nesta faixa etária, com risco não somente de agravar o quadro de lesões mas também de escurecer o esmalte do dente.

Higienização correta é a chave

Não existe segredo maior para uma dentição saudável do que a higienização correta, já que, além da alimentação equilibrada e a garantia de um estado nutricional saudável, a limpeza é que vai garantir que não existam maiores riscos de lesão e má formação na região bucal. Por isto, além de ensinar seu filho a se alimentar corretamente, é preciso estar atento a qualidade da higiene bucal realizada por ele, prestando auxílio sempre que necessário. Nunca deixe também de visitar o dentista para garantir a manutenção e acompanhamento da saúde dos dentes.

Como é a qualidade da alimentação dos seus filhos? Você já reparou se ela reflete na saúde bucal deles? Deixe seu comentário e tire suas dúvidas conosco!